NÃO OFERTADA Interface mineralogia com os demais ramos da ciência do solo: Química e fertilidade, física e aspectos morfológicos e qualidade e poluição do solo
Coordenador: Vander de Freitas Melo

A mineralogia do solo, como ferramenta básica, faz a interface com os demais ramos da Ciência do Solo, o que afeta diretamente a qualidade e o manejo dos solos. Considerando a diversidade dessas relações, os objetivos do projeto podem ser agrupados da seguinte forma: 1) os minerais primários facilmente intemperizáveis fontes de nutrientes nas frações mais grosseiras dos solos representam importante reserva mineral para as plantas; os minerais da fração argila, por apresentarem elevada área superficial específica e alta densidade de cargas elétricas de superfície, são determinantes na adsorção, troca e fixação de nutrientes: relações com estudos de fertilidade do solo e nutrição mineral de plantas. Como resultado da contabilização da reserva mineral dos solos pode-se ter crescimento de plantas em melhor estado nutricional, economia de aplicação de fertilizantes e menor entrada de íons no ambiente; 2) os minerais da fração argila também apresentam formas e tamanhos diferenciados, o que influencia na forma e tamanho das estruturas e na porosidade dos solos: relação com estudos de física dos solos; 3) a fração argila determina o comportamento dos poluentes inorgânicos e orgânicos nos solos. O potencial de periculosidade dos poluentes inorgânicos (principalmente metais pesados) e orgânicos (pesticidas, hidrocarbonetos, etc.) aumenta quando sua quantidade excede a máxima capacidade de retenção pelo solo, tornando-se potencialmente lixiviáveis, com conseqüente aporte em corpos d’água; 4) por fim, o estudo dos minerais das frações do solo é uma potente ferramenta em estudos forenses. Estudos detalhados das características e composição dos minerais dos solos são úteis na rastreabilidade de suspeitos e na elucidação de crimes onde foram produzidos vestígios de solos.